Poderoso Ford GT40 dita as regras na jornada de resistência no Estoril

Muitos e interessantes automóveis de competição, uma partida ao melhor nível das corridas de resistência e discussões intensas e calorosas em pista. Foi assim que ficaram marcados os 250 KM do Estoril, a derradeira prova do Iberian Historic Endurance que fechou o ano da melhor forma.

Georg Nolte e Frank Stippler foram os primeiros a ver a bandeira de xadrez em mais uma jornada em que a paixão pelo desporto automóvel e pelos desafios de resistência marcaram a competição. O Ford GT40 foi um dos muitos icónicos modelos em pista, mas acabou por ser o que mais brilhou porque foi com o poderoso carro norte-americano que a dupla alemã triunfou e venceu a categoria H65-GTP.

A prova teve contornos quase dramáticos. A sair da pole-position, o Ford GT40 afundou-se na classificação. Nesse momento, Michiel Campagne, com o seu impressionante Corvette Grand Sport, Jesus Fuster, no Porsche 911 RS 3.0, e Pedro Bastos Rezende, em modelo igual, saltaram para a frente. Foi entre este trio que se discutiu a liderança da corrida até à paragem nas boxes.

Com a troca de pilotos, o espanhol Fuster consolidou o primeiro lugar. Apesar de tudo, os cinco segundos não o deixava respirar. E isso foi evidente quando Paul Daniels e Carlos Barbot se aproximaram e começaram a fazer mais pressão. Esta tornou-se impossível de controlar e o inglês passou para a frente. A partir daí, a situação parecia estabilizada até que, a dez minutos do final de uma corrida de duas horas, Frank Stippler trouxe o atrasado Ford GT40 até ao primeiro lugar que defenderia até ver a bandeira de xadrez.

Allen Tice e Chris Conoley juntaram um prestigiante oitavo lugar de uma hipotética classificação geral à vitória, com o seu Marcos 1800, no Index de Performance.

“Não podíamos fechar a época de maneira tão boa e interessante. A corrida de hoje foi sublime. Numa competição em que se procura reviver o que de melhor a competição já teve e em que os pilotos se divertem muito, assistimos a uma corrida espectacular. Era difícil pedir mais. Houve muitas mudanças de líder, intensas discussões pelas posições, mas sempre com um fair-play unânime. Terminamos 2017 com a satisfação plena e acreditamos, ainda mais, que 2018 tem tudo para ser magnífico”, afirmou Diogo Ferrão, líder da Race Ready que organiza o Iberian Historic Endurance.