Estoril Super Racing Series teve primeiras emoções

Open de Portugal aponta para o sucesso

• Nuno Batista (Open) e Francisco Mora (TCR), os primeiros a inscreverem o nome no quadro de honra do Open de Portugal de Velocidade 2019

• Clássicos, Clássicos 1300 e Legends com sessões de treinos animadas

• Emoções fortes e excelentes corridas em perspetiva para amanhã

O Estoril Super Racing Series marcou hoje o arranque de mais uma temporada da Velocidade Nacional, colocando em destaque a recém-criada competição do Open de Portugal de Velocidade, bem acompanhada pelas “catedráticas” e sempre emocionantes “clássicas” do Campeonato de Portugal de Velocidade de Clássicos, Clássicos 1300 e Legends.

Excelentes “pretextos”, portanto, para respirar adrenalina e viver momentos únicos de competição no palco da Velocidade Nacional, nas disciplinas promovidas, este ano, pela ANPAC (Associação Nacional de Piloto de Automóveis Clássicos) e que tiveram na primeira jornada do ano no Circuito do Estoril

Open de Velocidade: Vitória de Nuno Batista (Open) e Mora (TCR)

Aguardada com enorme expetativa, a estreia do “Open” não frustrou as perspetivas de renovação da Velocidade Nacional, consagrando de emoção na primeira corrida (das três que compõe a jornada do Estoril) e a única disputada no dia de hoje. Nuno Batista (Porsche 997 GT3 Cup) e Francisco Mora (Cupra TCR) escreveram história ao tornarem-se os primeiros vencedores de Open de Velocidade 2019, triunfos que averbaram na Categoria “Open” e “TCR”, respetivamente.

Numa corrida onde Miguel Lobo (Porsche Cayman GT4) arrancou da Pole Position mas se atrasou devido a problemas de caixa de velocidades logo no início, os dois vencedores das distintas categorias, acabaram até por ter um duelo aceso, com Batista a suplantar o aguerrido Francisco Mora, de forma definitiva, à sétima volta, depois de um deslize inicial que o chegou a atirar para a segunda posição da corrida.

Para o piloto do Porsche que venceu também entre os “G2”, “à primeira vista a vitória na corrida pode ter parecido fácil, mas não foi. Choveu, inesperadamente, a meio da corrida e eu falhei uma travagem e com isso fui à relva, perdendo momentaneamente a liderança. Isso obrigou-me a reconcentrar ao máximo e partir em perseguição do Francisco Mora, passá-lo e ir-me embora”.

Já para Mora, apesar do segundo lugar na primeira corrida, no final o sabor foi de vitória: “é verdade que ainda estive à frente do Porsche, mas no campeonato não há classificação à geral e ele estava mais rápido, pelo que nem forcei quando me tentou ultrapassar já que, na minha categoria, o triunfo também estava assegurado”, referiu no final da primeira corrida.

Longe do piloto do Cupra TCR, terminou na Categoria “TCR”, o (quase) estreante em Velocidade, Joaquim Santos, que levou o SEAT Leon Supercopa Mk 3 à segunda posição da categoria, num posto que chegou a ser ocupado por Gabriela Correia, antes de uma pequena saída de pista comprometer as aspirações da jovem piloto de apenas 16 anos.

Merecido destaque também teve direito Paulo Martins (6º na corrida), ao levar o seu Volkswagen Golf GTI (R35) à vitória na Classe “T2”, enquanto Miguel Lobo, não obstante o azar inicial, ainda venceu a Classe “G3”, terminando como segundo do “Open” (8º na corrida). Noutras classes, também houve vencedores a festejar, como o caso de André Tavares (Honda Civic Type-R EP3), que triunfou na Classe “T4” (9º na corrida), José Fafiães (Mazda MX-5), que venceu na Classe “T5” (11º na corrida) e Gabriela Correia (SEAT Leon Supercopa Mk3), que subiu ao lugar mais elevado do pódio na Classe “T1” (12ª na corrida).

Amanhã têm lugar a Corrida 2 (Sprint) e Corrida 3 (Endurance), que permitirão apurar se haverá novos protagonistas do “Open” e “TCR” ou se serão os mesmos. 

Clássicos e Clássicos 1300: Macedo Silva (Clássicos e H75), Bruno Pires (Clássicos 1300 e H71), Fernando Xavier (H81) e Luís Carlos (GR5) mais fortes nos treinos

Peça fundamental no xadrez da Velocidade Nacional, os Campeonatos de Portugal de Clássicos e de Clássicos 1300 deram igualmente um contributo decisivo para o sucesso deste primeiro dia do “Estoril Super Racing Series”.

Os treinos cronometrados ditaram a primeira hierarquia em pista, com os pilotos dos “Históricos 75” a imporem um ritmo e João Macedo Silva a dominar os acontecimentos, ao volante do Porsche 911 RSR, à frente da legião de Ford Escort’s. Entre estes, e ainda entre os “H75”, Rui Costa, Rui Azevedo, Joaquim Jorge e Jorge Areia acabaram por entreter-se numa animada luta pelo cronómetro, que terminou pela ordem referida.

Mais lentos, mas não menos espetaculares, os “Grupo 5” viram o Ford Escort Mk II de Luís Carlos “tomar conta” da tabela classificativa, enquanto Fernando Xavier evidenciou-se com o melhor registo de tempo entre os “Históricos 81”.

Já entre os Clássicos 1300, a animação também esteve presente durante os 20 minutos da Sessão Cronometrada, que haveria de coroar Bruno Pires e o seu Datsun 1200, o mais eficiente nos “preparativos” para as duas corridas de amanhã.

Legends: Barros (Legends 90), Fernandes (Especial), Soares (Legends 99), Monteiro (Livre), Montes (FEUP 2) dominam treinos

Concentrando alguns dos mais lendários modelos do desporto automóvel, o Campeonato de Portugal de Velocidade Legends também começou a aquecer no Circuito de Estoril, dando mais uma tónica de animação ao “Estoril Super Racing Series”.

Após os treinos livres, foram os cronometrados confirmaram a esperada hegemonia de Luís Barros e do seu Ford Sierra RS500, que dominou a seu bel prazer a “Qualificação” e a Categoria dos “Legends 90”.

Às restantes categorias também não faltou “charme” e, claro, momentos quentes em pista e na luta contra o cronómetro. Na Categoria “Especial”, numa contenda onde só participaram carros da marca bávara, BMW, destacou-se Manuel Pedro Fernandes (BMW 320d), deixando claro que João Seródio e Tito Gomes (ambos em BMW 320 is E30) não terão vida fácil nas duas corridas de amanhã se quiserem aspirar ao triunfo.

Já nos “Legends 99” foi Joaquim Soares (no BMW M3 que divide com António Barros) a chegar à “Pole” da categoria, perante a oposição possível de Nuno Figueiredo, no diferenciador Volvo 850 T5 Estate “mascarado” de BTCC. Aproveitando, talvez, a inspiração da carrinha sueca, também Miguel Monteiro levou o seu Volvo 850 ao topo da classificação dos treinos cronometrados na Categoria “Livre”, batendo Sérgio Pinto e o seu Honda Civic (EF9).

Por último, destaque para a FEUP 2, onde o mais rápido entre os antigos Fiat Punto do extinto troféu monomarca foi Tiago Montes, que bateu, ao cronómetro, Paulo Ferraz.